Convite para defesa de dissertação

28/05/2025 09:05

Introdução: Para adequada reabilitação vocal, é fundamental a realização de uma avaliação ampla, incluindo a aplicação de instrumentos de autoavaliação. No que se refere às vozes de substituição, sabe-se que aspectos anatomofisiológicos da produção vocal e a qualidade da voz variam conforme o método de reabilitação usado pelo sujeito. Assim, surge a necessidade de comparar o resultado da autoavaliação da qualidade vocal para cada um dos três meios de reabilitação disponíveis atualmente. Objetivo: Analisar a autoavaliação vocal de pacientes laringectomizados totais de acordo com o método de reabilitação da comunicação oral utilizado. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, observacional, de abordagem quanti-qualitativa. O grupo foi composto por 38 laringectomizados totais reabilitados com PTE, LE e/ou VE. Para autoavaliação vocal, foram realizadas quatro perguntas, onde cada uma correspondia a um parâmetro vocal/de fala (qualidade geral da voz, inteligibilidade de fala, presença de ruído e velocidade de fala/fluência). O paciente atribuiu nota de 0 a 10 para cada questão. As variáveis sociodemográficas, clínicas e respostas de autoavaliação foram analisadas por testes estatísticos apropriados à distribuição dos dados, como o Teste de Kruskal-Wallis e correlações de Spearman. para auxiliar na análise qualitativa, foi utilizado o software IRAMUTEQ. Resultados: dentre os sujeitos incluídos, 17 (44,7%) usavam PTE, 13 (34,2%) utilizavam LE e 8 (21,1%) VE. Os falantes traqueoesofágicos apresentaram maior satisfação vocal. Constatou-se predominância de indivíduos do sexo masculino e com baixaescolaridade, refletindo o perfil sociodemográfico mais comum entre os laringectomizados. As análises qualitativas corroboraram com os dados quantitativos e revelaram as percepções mais frequentes em relação à autoavaliação vocal dos participantes. Conclusão: os falantes traqueoesofágicos demonstraram estar mais satisfeitos com sua voz em comparação com osfalantes esofágicos e usuários de laringe eletrônica, sendo este último grupo o que apresentou menor satisfação. Os usuários de PTE também apresentaram a melhor autopercepção de compreensão de fala, enquanto que os usuários da LE, a pior.