Introdução: Pessoas idosas queixam-se de dificuldades na compreensão de fala, principalmente em situações de escuta complexas, impactando as funções comunicativas e qualidade de vida. As habilidades auditivas centrais e as funções cognitivas influenciam nos benefícios proporcionados pelos dispositivos eletrônicos de amplificação sonora (DEAS). O treinamento auditivo-cognitivo nesta população promove um melhor desempenho na compreensão de fala devido a plasticidade neural. O teleatendimento é um modelo viável na intervenção e reabilitação de pacientes. Objetivo: Avaliar os benefícios de uma proposta de intervenção em treinamento auditivo-cognitivo por telelatendimento em grupo com pessoas idosas usuárias de DEAS em relação às habilidades auditivas, situações de escuta complexas, aspectos cognitivos e sintomas depressivos. Metodologia: Estudo prospectivo, descritivo, longitudinal. Participaram do estudo pessoas idosas acompanhadas em dois serviços de saúde auditiva, portadores de perda auditiva sensorioneural de grau leve a moderadamente severo, simétrica e bilateralmente. Os participantes foram divididos em Grupo Controle (GC): usuário de DEAS e que não realizaram treinamento auditivo-cognitivo e Grupo Estudo (GE): usuário de DEAS e participante do treinamento auditivo-cognitivo. Ambos os grupos receberam as mesmas avaliações pré e pós-treinamento.Os instrumentos utilizados na avaliação e reavaliação foram: Speech, Spatial e Qualities (SSQ-12), Montreal Cognitive Assessment (MoCA), Geriatric Depression Scale – (GDS-15) e as habilidades auditivas por meio de programa online chamado AudBility. O treinamento foi realizado em grupo por teleatendimento na modalidade síncrona formado por 16 sessões, oito destinadas ao treinamento auditivo e oito sessões ao treinamento cognitivo, duas vezes por semana com duração de no mínimo 45 minutos e máximo de uma hora e 15 minutos, totalizando dois meses de intervenção. Resultados:Verificou-se que após a intervenção o GE aumentou significativamente o desempenho dos testes avaliados pelo programa AudiBility: dicótico de dígitos geral e na orelha esquerda; resolução temporal geral e na maioria dos limiares de acuidade temporal (8,10 e 15 ms); na ordenação temporal geral e em orelha esquerda. Houve diferença nos aspectos de depressão avaliados pelo GDS no GE. No GC houve diferença significativa no teste dicótico de dígitos com pior desempenho após a reavaliação e melhora significativa no teste que avaliou o fechamento auditivo. Conclusão: A proposta do treinamento auditivo-cognitivo por teleatendimento proporcionou melhora nos aspectos de depressão, nas habilidades auditivas temporais e na integração binaural, principalmente na orelha esquerda no GE, evidenciando os efeitos positivos desta abordagem em conjunto com o uso de DEAS. As pessoas idosas usuárias de DEAS que não realizaram treinamento auditivo-cognitivo houve piora da habilidade auditiva de integração binaural e melhora da habilidade auditiva de fechamento auditivo. Esta proposta de treinamento auditivo-cognitivo poderá contribuir para a adesão de pessoas idosas no processo de reabilitação após a concessão de DEAS no Serviço Ambulatorial de Saúde Auditiva, assim como promover o seu uso efetivo e atender a demanda reprimida nos serviços.
Palavras-Chave: Perda auditiva; Idoso; Processamento auditivo; Cognição; Auxiliares de Audição; depressão; treinamento cognitivo; Correção de Deficiência Auditiva;Telemedicine.
A Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Fonoaudiologia da UFSC divulga o resultado FINAL da homologação preliminar das inscrições para ingresso no curso de Mestrado, conforme o Edital nº 02/PPGFONO/UFSC/2024.
Confira a relação completa dos(as) candidatos(as) aqui.
A Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Fonoaudiologia da UFSC divulga a homologação preliminar das inscrições para ingresso no curso de Mestrado, conforme o Edital nº 02/PPGFONO/UFSC/2024.
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A COORDENADORA DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA DO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, no uso de suas atribuições, torna pública a alteração do EDITAL Nº 02/PPGFONO/UFSC/2024, conforme segue:
1. Retificação
1.1. Fica alterado o cronograma do processo seletivo, conforme quadro abaixo:
Abertura das inscrições
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02 de setembro de 2024
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Encerramento das inscrições
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10 de outubro de 2024
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Homologação preliminar das inscrições
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Até 14 de outubro de 2024
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Prazo para interposição de recursos
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Até 17 de outubro de 2024
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Divulgação do resultado final das inscrições
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Até 22 de outubro de 2024
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Divulgação dos candidatos aprovados na Etapa 1
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Até 29 de outubro de 2024
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Prazo para interposição de recursos da Etapa 1
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Até 01 de novembro de 2024
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Divulgação do link da etapa 2
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Até 06 de novembro de 2024
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Realização da Etapa 2 (videoconferência)
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11 a 14 de novembro de 2024
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Validação das ações afirmativas
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18 a 22 de novembro de 2024
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Realização da Etapa 3 (comissão de seleção)
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06 a 18 novembro de 2024
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Divulgação do resultado preliminar da seleção
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Até 25 de novembro de 2024
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Prazo para interposição de recurso referente ao resultado preliminar da seleção
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Até 28 de novembro de 2024
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Divulgação do resultado final da seleção
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Até 03 de dezembro de 2024
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Retificação nº 01 de 02 de outubro de 2024
Oficina Projeto Saúde Auditiva Editatona Wikipédia e Wikidata
📣 Objetivo: Expandir e melhorar o conteúdo sobre saúde auditiva na Wikipédia e Wikidata.
📚 Público-alvo: Profissionais da área da saúde, fonoaudiólogos, estudantes e demais interessados em contribuir para a disseminação de informações precisas e atualizadas sobre a temática.
🗓️ A atividade da Oficina será realizada no dia 10 de setembro das 9h às 11h30 e 14h às 17h30.
📄Emissão de certificados para os participantes!
Informações: https://w.wiki/AzLA
RESUMO
Introdução: Os achados dos exames eletrofisiológicos em lactentes com Síndrome de Down (SD) são variados, sendo observado desde alterações por comprometimento de orelha média até orelha interna e alterações relacionadas à maturação da via auditiva. Objetivo: sintetizar as evidências sobre os achados eletrofisiológicos no potencial evocado auditivo do tronco encefálico (PEATE) em lactentes com SD.Métodos: Trata-se de um estudo de revisão sistemática, cujo protocolo foi registrado na International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO CRD42023424139) econduzido conforme as recomendações do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta- Analyses (PRISMA). Foram incluídos estudos observacionais: transversais e coorte que realizaram avaliação do PEATE, em lactentes com SD até dois anos de idade, que tiveram seus resultados comparados com lactentes sem SD, da mesma faixa etária. A busca dos estudos foi feita nas seguintes bases de dados: PubMed, LILACS, Scopus, CINHAL, Web of Science, Scielo, Embase e LIVIVO, e na literatura cinzenta: Google Scholar e Proquest. Não houve restrição de idioma e data de publicação. A qualidade metodológica dos estudos incluídos foi feita por meio do checklistJBI (Joanna Briggs Institute). As fases 1 (leitura de títulos e resumos) e 2 (leitura na íntegra), a extração dos dados, a avaliação da qualidade metodológica e certeza da evidência foram realizadas de forma independente pelos revisores. As discordâncias existentes foram resolvidas em uma reunião de consenso.Resultados: Foram obtidos 494 artigos, que após remoção dos duplicados e análise independente dos revisores, foram selecionados dez trabalhos para a síntese qualitativa e quatro estudos foram selecionados para a metanálise. Houve heterogeneidade entre os efeitos observados nos parâmetros do PEATE (I2=78%) e obtendo uma estimativa global de -0,05 (intervalo de confiança de 95% de -0,13-0,03; p=0,22). A certeza da evidência avaliada pelo GRADE foi considerada muito baixa devido à inconsistência e imprecisão. Conclusão: Os resultados indicam que, embora os lactentes com SD possam apresentar um intervalo interpico I-V encurtado, sugerindo uma condução neural mais rápida, as latências absolutas das ondas I, III e V não diferem significativamente quando comparados aos lactentes sem SD até os dois anos de idade. No entanto, as limitações encontradas, como heterogeneidade metodológica, amostras pequenas e variabilidade na faixa etária dos participantes, gerou incertezas nos resultados. Por isso, a certeza da evidência foi classificada como baixa, conforme a metodologia GRADE.
Descritores: síndrome de Down; audição; potenciais evocados auditivos; revisão sistemática
O Programa de Pós-Graduação em Fonoaudiologia, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), está com inscrições abertas para o processo de seleção e admissão no mestrado, para ingresso no primeiro semestre de 2025. As inscrições deverão ser realizadas entre 02 de setembro a 02 de outubro de 2024, até às 18 horas (horário de Brasília/DF) por meio do preenchimento do formulário de inscrição: https://capg.sistemas.ufsc.br/inscricao/. Os documentos necessários para efetivação da inscrição estão descritos no item 3.1 e todos devem ser anexados ao sistema no ato do envio do formulário.
São oferecidas 21 vagas para o mestrado acadêmico, sendo 14 vagas de ampla concorrência e 07 vagas destinadas à Política de Ações Afirmativas (vagas para negros, indígenas e pessoas com deficiência). As 7 vagas serão assim distribuídas:
a) Vagas destinadas a Pretos e Pardos e Indígenas: 06 vagas
b) Vagas destinadas a Pessoas com Deficiência: 01 vaga.
Confira aqui o EDITAL Nº 02/PPGFONO/UFSC/2024
Confira abaixo o cronograma completo:
A Portaria nº 146/2024/CCS, DE 18 DE JUNHO DE 2024, designa as docentes Daniela Polo Camargo da Silva, Renata Coelho Scharlach e Maria Madalena Canina Pinheiro, para, sob a presidência da primeira, constituírem a Comissão de Seleção de alunos regulares para ingresso em 2025.1 do Programa de Pós-Graduação em Fonoaudiologia no período de 19/06/2024 a 20/12/2024.
PORTARIA Nº 146/2024/CCS
Introdução: a INFVo é uma ferramenta desenvolvida para vozes de substituição, principalmente de falantes alaríngeos. Devido às diferenças inerentes aos métodos de reabilitação da comunicação oral de laringectomizados totais, surge a necessidade de avaliar a performance do instrumento em cada tipo de voz alaríngea. Objetivo: avaliar a concordância entre avaliadoras fonoaudiólogas em uma escala de voz de substituição em falantes laringectomizados totais, reabilitados por prótese traqueoesofágica (PTE), laringe eletrônica (LE) e/ou voz esofágica (VE). Metodologia: estudo transversal, observacional, quantitativo, que analisou os parâmetros de qualidade vocal por meio da escala INFVo. Participaram 38 laringectomizados totais reabilitados com PTE, LE e/ou VE. A análise foi realizada por quatro fonoaudiólogas com experiência em voz de laringectomizados totais. Foram coletadas amostras vocais, dados sociodemográficos e de tratamento. A amostra vocal foi composta por emissão sustentada da vogal /a/ e /Ɛ/, repetição de palavras da lista do teste de Fonologia do ABFW, frases do protocolo CAPE-V, diadococinesia, leitura de texto foneticamente balanceado para o português brasileiro e fala semi-espontânea. Resultados: dos participantes analisados, 17 (44,7%) usavam PTE, 13 (34,2%) utilizavam LE, e 8 (21,1%) VE. A amostra vocal com maior concordância entre as juízas foi o CAPE-V parâmetro de inteligibilidade no grupo LE. No grupo PTE, observou-se concordância moderada para a maioria dos itens avaliados. Para o grupo VE, apenas dois parâmetros foram classificados como bons e estatisticamente significativos. Conclusão: a escala INFVo se mostrou adequada para avaliação de voz alaríngea na população brasileira, com maior concordância entre as juízas, principalmente no grupo de LE e maior divergência no grupo de VE. As frases do CAPE-V, fala espontânea e leitura de texto se mostraram os mais apropriados na avaliação e as vogais obtiveram as menores pontuações.